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Exposição I Instalação I Performance I Vídeo

 

 

"You could call us erotic politicians"

Jim Morrison

 

 

O projecto global tem uma mundividência ligada às obras/colagens expostas – um mundo enlouquecido pelo despudor e raiva neo-liberal-fascista dos anos 75/80 e uma resposta individual e colectiva a esse e a este tempo que impõe os mercados financeiros como senhores do Mundo condenando à miséria pessoas e sociedades.

 

Exposição

As obras são colagens de um work in progress – 1976-2016 (respectivamente como as duas colagens em cima, pela mesma ordem). Nasceram da formação de actores num grupo que existiu na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa – No Pote Das Gingas. Depois, essa experiência plástica foi explorada pelo Mário J. Gomes até aos limites. Tentou originar uma nova linguagem que criava uma sinestesia poesia-música(ritmo)-dramaticidade das imagens, do sexo e do humor. A base eram imagens de revistas sexistas da época, com outras revistas e jornais. Os escritores malditos: Rimbaud, Jim Morrison, Allen Ginsberg, Sam Shepard, muito cinema e muito Rock and Roll… e o próprio autor como experimentador-criador. Textos políticos. A mistura era confusional. Problemática, caótica. Era a EXPRESSÃO de alguém que tinha acreditado que o 25 de Abril ia mudar tudo e na essência ficou tudo na mesma. Obras criadas nos anos 80 e revisitadas em 96, numa partilha artística com Ana Johnson – trabalhou-se sobretudo a partir de cópias dos originais produzindo novas versões nesse processo que se pretende sem fim este foi mais um momento de construção. Deu-se-lhes cor e desenhou-se parte das colagens em aberto – para ligar as imagens entre si, muitas vezes totalmente fragmentárias e descoladas de um texto central coerente. Espaços vazios como nos tecidos urbanos. As colagens, essas, em si mesmas, desejam-se para sempre motivo de escândalo – mesmo as mais recentes que evidenciam um pendor mais esteticista, embora o jogo com padrões repetitivos, por exemplo, da realidade quotidiana já estivesse presente desde o início.

 

Performance Teatral

Acompanhando a Exposição e em dias agendados, realização de uma performance teatral a partir da peça em um acto de Eduardo Sanguinetti, A decifração do sonho. Peça vanguardista encenada como um concerto a várias vozes, acentuando os aspectos plásticos e visuais que percorrem todo o texto e em paralelo com as obras expostas. Uma performer-bailarina mover-se-á – num ecrã – abrindo, entreabrindo, fechando portas e de uma sala branca e nua explode o som do Rock and Roll e ela vem dançar neste espaço abandonando a projecção. Uma guitarra, uma voz, um corpo e nasce a loucura. Todo o trabalho dos actores e bailarina é simultaneamente iluminado pela projecção de dois vídeos criados por elementos do colectivo.

Instalação Sonora

Sublinhando as colagens expostas, os sons do seu tempo e criando uma ambiência sonora que embale toda a exposição, na sala principal, no centro, manter-se-á uma instalação sonora: um simples gira-discos, colunas e discos em vinil para serem manuseados pelos participantes-público. Jimi Hendrix, Bob Dylan, Chicago Transit Authority, etc.

 

Materiais do Projecto

  • Comercialização das obras expostas e de reproduções a diversas escalas e suportes (postais, posters, serigrafias: autenticadas, numeradas e assinadas), onde o autor mantém os direitos sobre a imagem a fim de poder continuar o processo que foi momentaneamente interrompido de construção da imagem.

  • Criação de um site que possa criar sinergias entre públicos, intervenientes, montra e plataforma de comunicação do projecto.

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